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[No Netflix] - Pastoral Americana


(Alerta de Spoiler)
Sinopse
Nos tempos do colégio, Seymour Levov era um grande atleta. Depois dos estudos, ele se casa com uma antiga rainha de beleza da cidade, e herda os negócios rentáveis de seu pai. A vida parece perfeita, até a filha do casal começar a manifestar atitudes políticas extremistas, participando de atos terroristas mortais durante a Guerra do Vietnã.

Pela sinopse do filme já podemos imaginar o viés político do mesmo, confesso que foi por isso que o assisti; no entanto fui surpreendida por uma percepção mais profunda, que engloba toda minha vida e escolhas nessa aventura de ser de Deus e é essa experiência que gostaria de partilhar com vocês.
Enquanto assistia o filme fui tomada por uma raiva dessas ideologias malignas que se infiltram na nossa sociedade, cujo o objetivo é destruir os valores morais criando um estado de relativismo absoluto de tudo. Podemos notar que atualmente enfrentamos algo bem parecido.
Numa releitura do filme aos olhos da fé, pude perceber concretamente o fruto das escolhas que fazemos quando nos afastamos de Deus.
No filme a filha se revolta contra a família, mesmo sendo amada e tendo todas as suas necessidades materiais e afetivas atendidas acaba se envolvendo com o mal, que a leva num processo de completa decadência moral; mata pessoas, é abusada moral e sexualmente, tem sua dignidade totalmente roubada e desfigurada. Ela é livre para fazer suas próprias escolhas (Deus nos fez livre) então tudo bem se ela é feliz fazendo isso.
NÃO!! Não está tudo bem. Podemos observar que as escolhas “livres” da filha não feriu somente a ela, mas toda a sua família e a sociedade que ela estava inserida (o Corpo foi ferido). A mãe caiu numa profunda depressão e desistiu de ter sua filha de volta, mas o pai não. Como nos diz a palavra Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. ” Isaías 49:15.
O pai ama tanto a filha que faz de tudo, corre riscos, vai aos lugares mais remotos para tentar salvar sua filha e quando a encontra diz “eu te fiz, eu sou seu pai e quero te salvar disso, quero cuidar de você, volta para casa”, em mais um ato de liberdade a filha responde “se me ama respeite minha escolha e me deixe em paz”; diante dessa resposta o pai vai embora, mas todos os dias fica à espera da filha.
O filme não é cristão e nem tem pretensão de sê-lo, mas vale a pena assistir e nos questionar; quais escolhas temos feito na busca da felicidade a custo do sofrimento alheio? Quanto nossa busca pela felicidade está guiada pelo egoísmo? Quanto temos relativizado o amor do Pai e a liberdade que Ele nos deu?
Peçamos hoje ao Espirito Santo que ilumine nossas escolhas e nos permita ter sempre o coração aberto ao Amor do Pai; e fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo o Filho do Deus vivo, tenhamos CORAGEM de romper com toda ideologia maligna do mundo, que nos impede de sermos autenticamente felizes e livres. 
"Estai alerta, para que ninguém vos enrede com sua filosofia e com doutrina falsa, baseando-se em tradição humana e remontando às forças elementares do mundo, sem se fundamentar em Cristo." Cl 2, 8.
No filme da nossa vida quem escolhe o final somos nós, eu escolho viver essa aventura de ser de Deus e você?

Que o Bom Deus nos abençoe e Maria Santíssima nos guie para fazermos as escolhas certas.

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