Desde
que embarquei nessa aventura de ser de Deus,
meu coração arde em desejo de amar Jesus ao extremo em todas as
circunstâncias da minha vida. Infelizmente "Encontro, pois, em mim esta Lei: quando quero
fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me na Lei de Deus, no íntimo
do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra Lei, que luta contra a Lei do
meu espírito e me prende à Lei do pecado, que está nos meus membros" Romanos 7, 21-23.
Ao ler a passagem acima, você pode ter pensado que falo de
pecados sexuais, libidinosos, promíscuos ou algo dessa categoria. Digo a vocês
que não! No caso falo do pecado do egoísmo, que me faz viver a vida em automático
e por vezes perdendo oportunidades de amar Jesus em todas as circunstâncias.
Outro dia estava indo pra faculdade e parei o carro pra
abastecer, na ocasião estava rezando o terço; se aproximou uma moça vendendo
cocada e me ofereceu, e eu numa postura automática olhei pra ela e disse “Hoje
não, obrigada”. Ela saiu e em seguida voltou, me deu uma cocada e disse “Toma
de presente pra você”. Fiquei surpresa, constrangida e acabei oferecendo
pagamento pelo doce, ela não quis, mas insisti até que ela aceitasse.
Segui minha rotina, fui pra faculdade, voltei pra casa e
fiquei refletindo sobre aquele episódio. Minha razão se iluminou, e me dei
conta de que Jesus me visitou na
pessoa daquela mulher. Ele veio dar-me a
oportunidade de realizar meu desejo de amá-lo.
O meu desejo ardente de amar Jesus foi ofuscado pelo ritmo
automatizado da minha rotina. Na simples oportunidade que tive de colocar esse
amor em movimento minha resposta foi: “Hoje não, obrigada!”. Eu que desejo
tanto amar em todas as circunstâncias, falhei e não amei. Minha promessa de
fidelidade foi quebrada.
Jesus em sua infinita
misericórdia acolhe minha infidelidade, e como sinal
de Seu Amor sempre Fiel, volta e me diz: “Eu te amo mesmo assim, toma uma
cocada como sinal do meu amor”. QUE AMOR
CONSTRANGEDOR MEUS AMIGOS!! QUE AMOR!!
Posso parecer radical com essa reflexão sobre um simples
acontecimento da vida, mas quem foram os santos senão pessoas que viveram
radicalmente a fidelidade nas pequenas
coisas? Eu quero ser santa, mas não uma santa pela metade.
Deus, Meu Pai, com Seu
Amor Ciumento, carinhosamente chama minha atenção, para que eu não me perca
apenas no desejo de santidade, mas me encontre na ação concreta do amor que me
fará santa. Jesus não quer apenas meu
coração ou o seu desejoso de amá-Lo. Ele quer que coloquemos esse amor em
movimento, e não nos cansa de mandar “vendedoras de cocada” para nos ajudar
nessa missão. O simples desejo nunca
amou ninguém de verdade, nunca “comprou uma cocada”, nunca levou ninguém para o
céu!

Santo Agostinho que amava Jesus ardentemente dizia “tenho
medo da graça que passa sem que eu perceba!”; peçamos ao Espírito Santo que nós
também tenhamos esse temor de Agostinho, de perder a graça, e estejamos atentos
e inseridos nesse movimento de amar, não mais presos no simples desejo de
fazê-lo.
Que o Bom Deus nos abençoe e a Virgem Santíssima nossa mãe
seja nossa guia nessa aventura de ser de Deus.
Se for a mulher que vende cocada no posto da Gruta ali perto da Unip, eu ja comprei uma vez :D. legal o post!
ResponderExcluirQue possamos repensar a cada dia nossas atitudes, para enfim tentarmos ser pessoas melhores e agradar o coração de Deus.
ResponderExcluirSimm..
ExcluirSó temos hoje para amar.