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Castidade, eu aceito esse desafio!

Antigamente falar sobre sexo, usar roupas sensuais, homem andar sem camisa, tudo era um atentado ao pudor, claramente os tempos são outros e podemos ver um culto ao prazer explicito em musicas, filmes, fotos. Querendo ou não a qualquer momento você verá algo assim. Antigamente o mundo era melhor??? Sinceramente não sei, sei que estamos no hoje, e o que temos é uma banalização do corpo, uma busca desenfreada pelo prazer.

Com toda essa exposição nosso corpo é cada vez mais tratado como objeto, a pureza e a castidade são valores “fora de moda”, poucos estão dispostos a buscar a purificação do olhar e lutar pela castidade, afinal de contas isso são valores que oprimem a minha liberdade, meu corpo minha regras!

Vou dizer uma coisa pra vocês, eu escolhi embarcar nessa aventura de Ser de Deus e seguir  na contramão dessa ideologia hedonista, mas  viver esse caminho não me coloca numa bolha especial, onde meu corpo já não sente mais nada, onde a concupiscência da carne já não existe mais, onde minhas carências foram todas curadas e já posso assistir aos filmes do Nicolas Sparks sem ficar fantasiando relacionamentos, onde posso namorar, beijar meu namorado, abraça-lo e não sentirei atração sexual por ele. Sejamos sinceros, isso não acontece, sou humana, todos nós que buscamos viver a castidade somos humanos, temos um corpo, por isso precisamos falar sobre o corpo.

No entanto é muito comum nos nossos grupos da Igreja, em nossas comunidades, vivermos um puritanismo tão grande que acaba por nos transformar em pessoas “castradas” e não “castas”. Olhamos o sexo como algo sujo, e seu caio na minha sexualidade sou tomada por uma vergonha e um medo do inferno, do castigo de Deus. É mais fácil reprimir o nosso corpo e o que sentimos do que nos reconciliar com ele á luz do Espirito Santo. Tenho uma coisa pra dizer, Deus não santifica anjos, ideais, ilusões, Ele santifica homens e mulheres de carne e osso.

“Através do fato de o Verbo de Deus ter se tornado carne, o corpo entrou na teologia, eu diria, pela porta principal” por essa citação de São João Paulo II, temos a certeza de que Deus não rouba nada de nós, nem mesmo nosso corpo, Ele nos dá tudo para vivermos segundo a ordem do amor.

Castidade não é uma força opressora criada pela Igreja para ninguém fazer sexo antes do casamento. A castidade é a força que protege o amor, é a assimilação da minha potência para o amor. A pureza me leva a olhar o corpo não mais como objeto para minha satisfação pessoal, mas sim enxerga-lo como dom de Deus. Pela pureza percebo que o corpo é um sinal visível do invisível, da alma habitada por Deus.

Não é fácil viver a castidade no mundo super sexualizado de hoje, é luta! Precisamos partilhar sobre nossas duvidas, procurar a cura da nossa afetividade e sexualidade, afastar todo puritanismo de nossas partilhas e deixar o Espirito Santo nos revelar a beleza de sermos homens e mulheres de carne e osso!

João Paulo II por inspiração de Deus que nos ama, deixou-nos uma serie de catequese conhecida como Teologia do corpo, uma verdadeiro presente, uma resposta de amor para você que assim como eu achava que castidade era só não fazer sexo antes do casamento e iremos para o inferno se sentirmos ou pensarmos qualquer coisa sobre isso.

Ao final desse post deixarei algumas referencias caso queira aprofundar nesse assunto e embarcar nessa aventura de reconciliação com o corpo para escolher com liberdade essa força que protege o amor, a CASTIDADE! Também deixarei meus contatos caso queira partilhar, conversar sobre o assunto, sobre as lutas e desafios para viver tudo isso, você não está só nessa aventura de ser de Deus, manda uma mensagem bora partilhar!!!

Que o Bom Deus nos abençoe e Nossa Senhora nos conduza nessa  luta.


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email: fer.guardia@hotmail.com
Facebbok: www.facebook.com/FerGuardiaESP


Saiba mais sobre teologia do corpo


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